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DISTÂNCIA ZERO: ORAÇÃO A DEUS 01/05/2016

DISTÂNCIA ZERO: ORAÇÃO A DEUS

Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus (Filipenses 4.5b-7).

Como é bom saber que perto está o Senhor. Porque o Senhor está perto, podemos e devemos conversar com ele. Também é verdade que quanto mais conversarmos com ele, maior será nossa percepção do quanto ele está perto. De uma maneira simples, o apóstolo Paulo ensina que distância zero de Deus tem relação direta com a vida de oração. Quanto mais oração, menor a distância. Mas, preste atenção, não é qualquer tipo de oração.

A oração que produz distância zero de Deus é do tipo abrangente (coisa alguma ... em tudo). Alguns assuntos da nossa vida, simplesmente, não apresentamos a Deus em oração. Algumas vezes pode ser que pensemos que não devemos incomodar Deus com isso ou aquilo. Outras vezes, pode ser que agimos como quem sabe dar conta do recado, e que essa área só depende de nós. Outras, então, por inconsciência, desconhecimento ou esquecimento. 

Aí, quando menos esperamos, o que era pequeno, torna-se um grande problema, ou um grande desafio. Devemos desenvolver o hábito de orar os detalhes do nosso dia, agenda, decisões, enfim, da nossa vida. Isso ampliará a consciência do quanto dependemos e precisamos do Senhor. Jesus nos desafiou quando disse: pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa (Jo 16.24b). Alegria completa só vem com oração abrangente.

A oração que produz distância zero de Deus é do tipo direcionada (diante de Deus).Parece tão óbvio. Afinal, a quem mais dirigiríamos nossa oração? Na prática, contudo, nossa atenção é lançada em muitas direções que não na presença de Deus. Pedimos a Deus, mas saímos pedindo ao mundo. Quer seja nas relações comerciais, familiares, de amizade, pode acontecer de vomitarmos no outro o peso dos nossos pedidos. Compartilhar faz parte da comunhão desenhada por Deus, desde que o destino final seja a presença de Deus. 

Devemos nos incentivar mutuamente a apresentar nossas petições diretamente ao Pai ao invés de pedirmos tanto ao outro. Somos filhos, entre nós e o nosso Pai Celestial não podem existir intermediários e mediadores. Ao invés de pedir para pessoas, que tal pedir para Deus? Jesus mesmo ensinou: tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará (Mt 6.6). Oração direcionada ao Pai tem da parte do Pai toda atenção e recompensa.

A oração que produz distância zero de Deus é do tipo intensa (com súplica). 
Estamos falando daquela oração que vem das entranhas, insistente, persistente, humilde. Isso envolve tempo e profundidade, clareza e determinação. Muitas vezes será feita com lágrimas nos olhos, batendo no peito, "rasgando as vestes". O apóstolo Pedro reforça isso dizendo: humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (1 Pedro 5.6, 7). Até quando orar? Até o extremo de "lançar". 

Quando alcançarmos essa posição de lançar, mesmo que não tenhamos mudado o futuro, certamente nosso coração terá sido mudado em relação ao futuro. Jesus mesmo, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra (Lc 22.44). Sua grande luta não foi no Gólgota, mas no Getsêmani. 

Quando foi para a cruz seu coração estava preparado. Mesmo esperando a intercessão de pessoas muito chegadas, existem momentos que devemos estar pessoalmente, com toda a intensidade, diante do Pai.

Quando experimentamos a distância zero pela oração, daqueles momentos que parece até que podemos tocá-lo, convictos de que perto está o Senhor, a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente em Cristo Jesus (Fp 4.7). 

Fonte: Pr. Rodolfo G. Montosa

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