02/05/2018

“Não fosse o Senhor...”

“Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga...” Salmo 124:1

O verso 1 do Salmo 124, expressa a verdade, percebida pelo salmista Davi, da presença do Senhor com o seu povo no passado, fosse este passado recente ou remoto. Ao refletir a este respeito, é certo que Davi também confiava nesta mesma presença para o futuro. Em nossas vidas, ao considerar o ano que recentemente passou, e ao lembrar-nos da real presença de Deus conosco, temos a confiança de que em 2018 a presença do Senhor certamente não falhará. Não falamos de nenhum “mar de rosas”, mas sim da real esperança, também confirmada pelo nosso Senhor Jesus Cristo*. Que todos nós possamos desfrutar desta presença, antes mesmo, que qualquer situação, boa ou má, agradável ou desagradável, alegre ou triste, que possam vir a nós este ano. Isto fazemos por fé.

Gratidão
Parece que foi ontem...Parece que foi ontem que nós nos formamos na Escola Bíblica; parece que foi ontem que nós nos casamos; parece que foi ontem que terminamos nossa fase de treinamento para ir ao campo missionário; parece que foi ontem que embarcamos em um avião e nos mudamos para o ex Território Federal de Roraima; parece que foi ontem que embarcamos em um aviãozinho de Asas de Socorro para ir para a Aldeia de Palimi-U; parece que foi ontem que eu escrevi uma carta parecida com esta, dando graças por 30 anos de vida missionária. Enfim, parece que foi ontem que tudo isto aconteceu, mas lá se vão 40 anos desde que tudo começou, no mês de abril de 1978. A nossa memória tem esta capacidade de saltar décadas de tempo para o passado e recordar-se de muitas coisas de forma tão nítida, que parece que foi ontem que elas aconteceram. Mas enfim, aqui estamos nós 40 anos depois podendo dizer: “Parece que foi ontem...”


Existem uma variedade de maneiras de lembrar-se do passado, especialmente quando se trata da nossa própria vida missionária. Se nós quiséssemos levar para o lado negativo, nós poderíamos apresentar uma lista enorme de reclamações, possíveis injustiças, coisas que faltaram, apertos financeiros e outras coisas do tipo. Se fossemos recordar-nos desses 40 anos desta maneira, isto seria um exercício bem penoso. Outra maneira de lembrar-se, seria a de contar como foram as muitas mudanças que tivemos, foram em média uma a cada dois anos. Estresses de mudanças, montar e desmontar casas, comprar, vender e doar móveis e tudo o mais que mudanças trazem como implicações e uma das vezes nos mudamos para o exterior. Fácil nunca foi nenhuma delas, mas eu me pergunto: “Se nós não fossemos missionários, teríamos tido a oportunidade de viver em tantos lugares diferentes?” E que oportunidades, imaginem a variedade de vizinhos que tivemos. Ainda poderíamos nos lembrar das muitas viagens que fizemos. Muitas destas, quando você volta para casa, você gostaria de dizer que não iria mais fazer isto de tão cansados que estávamos. Mas então, planejamos outra e outra e outra...Conhecemos muita gente, muitos irmãos queridos, muitos obreiros como nós e uma enorme aprendizagem. Nossos dois filhos, o Paulo e o Daniel, “sofreram” parte deste processo, enquanto ainda estavam conosco em casa. Também tiveram que adaptar-se a situações novas e desafiadoras, mas com a graça de Deus eles também venceram e pensamos que apreciaram muitas destas coisas. Que escola foi tudo isto! Outra maneira de recordar, é trazer à memória as muitas e diferentes oportunidades de servir em muitos e diferentes lugares. Já pudemos ser parte da diretoria de várias organizações diferentes, já ajudamos na formação de algumas organizações, pudemos participar por pouco tempo do pastorado de algumas igrejas, iniciamos uma Escola Bíblica, e mais um bocado de coisas feitas. Às vezes podendo ministrar a grupos grandes de pessoas e às vezes apenas sentar-se debaixo da sombra de uma árvore e conversar com alguém. Eliane com as suas muitas habilidades de fazer amizades e também de trabalhar com artesanatos, influenciou um grande número de pessoas em muitos lugares. Mas para nós a melhor maneira de expressar isto, é dizer que tivemos muitas oportunidades de servir, tanto a Deus em primeiro lugar, como a muitas pessoas que de alguma maneira estavam próximas a nós.

Enfim hoje, nós podemos escolher (e isto é de fato uma escolha), entre celebrar e lamentar. Nós dois escolhemos celebrar, sem, contudo, ignorar que houveram problemas, desânimos, perigos, falhas e outras coisas mais que é melhor que fiquem no passado. A vitória de Deus em nós, não esteve em nos livrar de muitas coisas que passamos, mas sim, em nos preservar em sua graça e misericórdia e em nos trazer até este presente momento, podendo celebrar em vez de lamentar. A certeza que nós temos, é que o futuro não será diferente, pois ainda que nós mudemos, Deus permanecerá o mesmo e a sua graça e misericórdia continuarão as mesmas atuando em nossas vidas, nos conduzindo pelos caminhos que Ele mesmo nos levará.

Louvamos enfim a fidelidade de Deus para conosco. Primeiro nos capacitando para o trabalho missionário transcultural. Nos capacitando através dos dons, dos talentos e de outras capacidades, para ministrar e acima de tudo glorifica-lo. Por colocar em nossas vidas parceiros fiéis, quer igrejas como pessoas, que têm nos acompanhado através destas décadas, investindo através da oração, da intercessão e do sustento financeiro. Desta maneira Deus tem sido fiel, também em colocar em nossas vidas, outros servos fiéis que nunca nos abandonaram no meio do caminho.


LOUVADO SEJA O NOSSO DEUS PARA TODO O SEMPRE, POIS SE NÃO FOSSE ELE... O QUE DIRÍAMOS NÓS? AMÉM!!!

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Publicado por André Metz