22/12/2016

Contando a vida

NEM UM PARDAL, NEM UM FIO DE CABELO...
Já por muitos anos tenho chamado essa minha crônica mensal de “contando a vida”, e ironicamente, hoje quero falar sobre morte. A morte é um evento que nos choca. Mesmo quando é uma morte esperada de alguém que vemos morrer aos poucos porque tem uma doença terminal, mesmo assim ficamos chocados. Isso porque não nascemos para morrer. Deus plantou em nós a semente da eternidade. Deus nos criou para viver para sempre com Ele. Entretanto, por causa da nossa natureza pecaminosa, precisamos nos despir dessa carne, para receber um novo corpo adaptado para viver no céu, na presença daquele que é totalmente separado do pecado. Deus é santo. Precisamos de conversão. No fim de 2016 o mundo ficou chocado com a tragédia de Chapecó. Um avião caiu provocando a morte de 71 pessoas. Como se explica esse evento? Eu não sei. Certamente podem surgir explicações climáticas, mecânicas, e humanas, mas explicar o porquê, pouco, ou nada diminui a dor da perda. Mas o que eu sei que a Bíblia afirma que nenhum fio de cabelo cai de nossa cabeça sem que Deus saiba, nem um pássaro cai do céu sem que Ele saiba, portanto, certamente a queda desse avião não passou desapercebido aos olhos do Senhor. Deus não é sádico. Eventos acontecem sim, por ações humanas, por erros, decisões, por fatalidade, mas Ele está no controle de tudo. Deus sempre continua sendo Deus. Ele sempre permite coisas difíceis, dolorosas, humanamente inconcebíveis por planos mais altos, para propósitos que desconhecemos e na nossa pequenez não vemos. Deus é soberano. Nossa vida é frágil e pode estar por um único fio, mas quando temos a certeza de vida eterna não tememos a morte. Nem um fio de cabelo cai sem que Ele saiba. Somos mais valiosos que os pardais.

"Não se vendem cinco pardais por moedas de pouco valor? E nenhum deles está esquecido diante de Deus. Mas até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois mais valeis vós do que muitos pardais.” Lucas 12:6-7

O DESAFIO DEIXADO PARA TRÁS
Viajei para o Brasil em meados de Novembro, para mais um módulo do Curso que faço em São Paulo. Tive uma semana profunda e dois professores maravilhosos. Agora vem o tempo de divulgação e descanso. Entretanto, deixei para trás, em Moçambique, um desafio: ainda não tomamos posse do nosso terreno. Criamos uma força tarefa formada por uma das líderes da nossa associação, um pastor, um engenheiro, um advogado e um ex-aluno que é vereador no Conselho Municipal. A função da equipe é continuar a lutar dentro da lei pelo terreno que nos foi atribuído. Temos os documentos, mas, que até agora não conseguimos tomar posse por causa de um litígio. Por favor nos ajudem a orar para que a justiça seja feita, e a vontade de Deus se cumpra. Temos sonhos, precisamos de espaço.

“A EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL REQUER QUE A IGREJA INTEIRA LEVE O EVANGELHO INTEGRAL AO MUNDO TODO”
Essa foi uma das frases que marcou o Congresso Internacional para a Evangelização Mundial em Lausanne, que ocorreu na Suíça, em 1974. Simples assim, um evangelho integral. É assim que eu creio. Foi por isso, eu me senti profundamente encorajada ao viajar até a cidade de Itaituba no Estado do Pará, e ver com meus olhos a Igreja a viver essa visão. Fui convidada pela organização Mão Cooperadora da Amazônia para participar da comemoração dos seus 36 anos de trabalho social naquela região. Uma benção! Evangelização e ação social de mãos dadas.

Difícil descrever o que meus olhos viram, os testemunhos que ouvi. Visitei escolas onde os diretores, professores, funcionários são cristãos e usam suas habilidades para investir em vidas. Uma educação cristã sólida, aulas de balé, flauta, violão, informática, tudo com excelência, como o trabalho para Deus requer. Visitei uma clínica onde os profissionais de várias áreas servem a comunidade: médicos, dentistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, etc. Vi pessoas a utilizarem os seus dons, as suas habilidades para servirem à Deus. Cada um dentro da sua profissão, usando suas habilidades para Jesus.

Visitei o Instituto Bíblico da Igreja, e amei a simplicidade. Visitei a Fazenda Maloquinha, um lugar lindo, usado para retiros, encontros, eventos em geral como casamentos etc. Os recursos produzidos pela fazenda são usados para ajudar os demais projetos. Em resumo: Vi gente comprometida com Jesus e sua obra.

Foram dias marcantes, onde pude compartilhar sobre missões e ministrar a palavra de Deus. Meu desejo é que o Senhor faça produzir as sementes ali lançadas, e que aquele trabalho tão maravilhoso possa se expandir para outras partes do Brasil e do planeta. Afinal, o campo é o mundo. Que o nosso trabalho em Moçambique ainda em fase tão embrionária, na área social, possa ser abençoado com esse aprendizado e com as possíveis parcerias que o “Dono da obra” é capaz de promover. Obrigada dona Marlene e Pr. Orestes pela oportunidade que me deram de ver o vosso trabalho. Fiquei muito encorajada.

Obrigada a todos pela parceria comigo e com a obra de missões em 2016. Obrigada àqueles que oraram, aos que contribuíram e aos que me visitaram. Deus abençoe a todos nesse novo ano e que a Graça do Senhor seja suficiente para enfrentar os desafios que certamente surgirão. Continuem a orar por mim, por toda a bateria de exames que tenho feito, e por minha família. Orem pela paz em Moçambique.

Maura.

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Publicado por André Metz