21/10/2020

Deus cuida de tudo

Beira, Moçambique Outubro 2020

Que alegria conversarmos um pouco com vocês, irmãos amados e fiéis! Sempre nos lembramos de vocês em nossas orações com alegria e gratidão pela vossa parceria neste ministério aqui na Beira, Moçambique. 

As paralizações e mudanças que a Pandemia causou estão durando muito mais tempo do que prevíamos, imaginávamos e até “gostaríamos”. Isso tem trazido desconforto e estresse muitas vezes, mas a cada vez que nos desanimamos Deus tem nos lembrado que Ele continua no trono, que é Ele que governa soberanamente o mundo e sua história, e que para Ele não há paralizações ou portas fechadas. Sua obra continua, seu reino avança que não imaginávamos que poderia. Esse é o nosso Deus, muito maior e mais sábio que as nossas mentes podem conceber. Durante esse tempo temos participado mais da obra de Deus através da intercessão pela igreja, pela obra missionária e pelos missionários que estão no campo. Deus tem tratado das nossas vidas, nos edificando, corrigindo e alimentando, através da leitura de bons livros e estudo pessoal da Palavra. Afinal, Ele sabe o que os seus servos precisam. 

A situação por aqui
Desde o final de março já tivemos estado de emergência, estado de calamidade, agora nem sei qual é o estado...Mas, as coisas estão retomando gradativamente: aulas presenciais, atividades comerciais (até 17 hs), cultos presenciais, etc. Pela misericórdia de Deus, a África em geral e, Moçambique em particular, têm baixa taxa de contaminação (9.844 positivos, e 2.570 casos ativos), com 70 mortes no momento, e a maioria dos casos não exige internamento. Exceto na capital Maputo, onde a taxa de ocupação dos leitos é 100%. Obviamente muitos têm sido afetados pela paralização da economia, o que significa muita quebradeira, aumento da pobreza e falta de comida no prato. 

Cultuando de forma diferente
A pandemia mudou a forma de culto. A nossa igreja local já retomou os cultos presenciais, mas limitado a 70 pessoas, com distanciamento, medida de temperatura, máscara, lavagem das mãos, folha de presença, etc. Inclusive o pastor titular providenciou uma proteção de vidro no púlpito, para que o pregador não precise de máscara. 
No momento temos 2 cultos públicos, mas os irmãos estão voltando gradativamente a frequentar os cultos. A espontaneidade das músicas e danças, maneira que o crente africano demonstra alegria, no momento não é possível. 
Eles, e até nós, sentimos muita falta!

Instituto Bíblico de Sofala – IBS 

2020 tem sido um ano totalmente diferente e não sabemos ainda como irá terminar. Devido à Pandemia, encerramos as aulas no final de março e ainda estamos esperando autorização para retomar aulas presenciais. A despeito do Presidente da República ter autorizado o retorno, faz quase 2 meses que estamos aguardando a inspeção dos órgãos competentes. Confesso que está sendo difícil lidar com a espera. Mas, a esperança é a última que morre. E mesmo o retorno não será simples, porque teremos uma série de restrições, além dos desafios pedagógicos e financeiros (a escola não recebe mensalidades desde que parou). É somente a firme convicção de que esta escola é sustentada por Deus que nos faz perseverar. No último mês tivemos uma reunião com os professores, e um tempo de oração presencial. Fomos muito encorajados!


Mas, pela graça de Deus, mesmo em meio à Pandemia, as obras avançam no IBS. Nosso parceiro, Colégio Cristão Beira Unida, já construiu a quadra coberta, um prédio com salas de aula, administração e uma lanchonete muito legal. As instalações serão compartilhadas e no momento estão sendo construídos dois pisos acima do prédio principal do IBS, e após será construído um salão multiuso. 


Bolsas de estudo para alunos do IBS
Diante das limitações financeiras agravadas pela Covid-19, o IBS precisará ainda mais do apoio dos irmãos para o fundo de bolsas. Praticamente metade dos alunos do IBS recebem algum tipo de bolsa, que vai desde 25% até 80% do valor da mensalidade. O fundo é usado também para formação de docentes para o IBS. No momento temos um professor cursando mestrado em educação. Isso tem um imenso impacto na formação de líderes para Igreja Evangélica Moçambicana. Caso queira contribuir, os valores são: 

  • Curso Básico em Teologia (2 anos): R$ 60,00/mês
  • Curso Médio em Teologia (3 anos): R$ 65,00/mês
  • Curso de Bacharel em Teologia (4 anos): R$ 280,00/mês.
Maiores informações visite: https://sa.aimint.org/projetos/detalhe/ibs


Apoio na plantação de igrejas


Dando sequência ao apoio à plantação de igrejas no campo de reassentamento em Mutua, Deila e eu estamos ministrando para um grupo de casais a cada 15 dias. Isso faz parte de um projeto maior apoiado pela AMEL, voltado para famílias que sofreram com o ciclone Idai em 2019. Que desafio falar sobre família num contexto cultural tão diferente! Em breve iremos oferecer formação profissional para algumas famílias (corte e costura e carpintaria). Na foto acima, estamos com o pastor Joaquim e sua esposa Queta. Eles têm sido uma bênção para igreja e para nós. Amam a Jesus e o povo.

Investindo em vidas – recebendo pessoas e discipulando 
Durante os meses de paralização dos cultos presenciais tivemos o privilégio de cultuar com famílias da igreja e depois tomar refeições juntos. Foi um tempo muito precioso de estudo da palavra, comunhão e conversas mais pessoais. Ainda estamos aproveitando o tempo mais livre para receber pessoas em casa (inclusive crianças) e investir no discipulado. 


Amados irmãos, despedimo-nos na certeza da continuidade do vosso amor e participação nesta obra aqui em Moçambique. 
Vossos servos, Roberto e Deila.

Oram conosco:
1. Gratidão pela saúde, provisão e proteção do Senhor em meio aos perigos e da pandemia;  
2. Gratidão pelas igrejas que tem investido e pedir por outras contribuintes para o fundo de bolsas de estudo do IBS. Isso é essencial para a continuidade dos estudos dos alunos;
3. Por forças físicas, emocionais e espirituais para lidar com o stress da situação atual, devido à Pandemia;
4.  Pelo IBS – por cada aluno, professor e funcionários – para que todos sejam encorajados pelo Senhor, tenham suas necessidades supridas, e possam ser testemunhas em meio à crise da Covid-19. Também por todos os desafios do reinício das aulas.

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Publicado por André Metz