13/11/2020

Espelho da Humanidade

Quando paramos para pensar nos acontecimentos dos últimos tempos, nos deparamos com o tanto de história que estamos vivenciando. 
Primeira eleição de um presidente negro nos EUA.  
Incêndio na boate kiss.  
Guerras, atentados, tragédias, mudanças políticas, avanço da tecnologia  
... Pandemia. 
 
Mas o ponto em questão da nossa trajetória, não é o tanto de história e fatos que vemos e ouvimos, mas a história que estamos construindo na terra, que ecoará na eternidade. 
 
Ainda lembro, como se tivesse sido bem recente, quando o atentado de 11 de setembro aconteceu. Posso ouvir os gritos vindo da TV, o medo instaurado em todos, a fumaça, o fogo, as colisões. Aquelas cenas ecoam na mente de milhares de pessoas ate hoje, um marco de uma tragédia que mexeu com todos, em diversos países. Não podemos contestar que esse dia mexeu com a história da humanidade.  
 
São tantos acontecimentos. Vitorias, derrotas, nascimentos e mortes. 7 bilhões de pessoas, 193 países, 7111 línguas vivas ao redor do mundo. E agora, simplesmente ele para. O mais engraçado, ou diria, trágico, por algo que nem podemos ver a olho nu, muito menos controlar, quem dirá prever. 
 
Esse é o espelho da humanidade. Uma humanidade caída, imersa em medos, em incertezas, em inseguranças, em pecado, mas principalmente em sua fragilidade. Estamos a mercê do próximo acontecimento. 
 
Você já deve ter ouvido a famosa frase: a vida é um sopro. Ou ate mesmo, se sentiu nesse sopro. Nesse “por um fio”. Hoje mais que nunca, sentimos medo o tempo todo. Mas quando olhamos pelo outro lado da moeda, entendemos a perfeição de nossa fragilidade.  
 
O apostolo Paulo nas 2 carta aos coríntios, escreve:  “e disse-me: a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois me gloriei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” 
 
Diversas vezes me senti impotente diante das injustiças do mundo. Me questionei sobre meu papel, sobre meu propósito, sobre o rumo que eu deveria tomar, escolher, traçar... Mas o mais contraditório é que enquanto mais nos preocupamos, nos debatemos como um peixe fora d’agua, mas percebemos que não podemos realizar nada por nós mesmos. 
 
Não falo do esforço de buscar algo, mas falo da capacidade de controlar fatos e fatores dos quais não temos nenhum poder. Quantas vezes já oramos por cura, por milagres, por resposta, por ouvir a voz de Deus? Mas quantas dessas vezes paramos para enxergar além da pequena peça do quebra cabeça que somos, para ver a imagem completa que formamos? 
 
Você já imaginou formar um quebra cabeça com uma peca só? Várias pecinhas iguais. Seria um desastre, né? Impossível! 
Se você tem TOC como eu, já se desesperou ao não encontrar a peça que falta para completar o desenho? 
 
Pois é! Assim somos nós querendo viver por nós mesmos, sem conseguir enxergar a grandiosa história que Deus está escrevendo. 
 
Olhamos para uma catástrofe, e prontamente perguntamos: Deus onde estás? 
Mas dificilmente olhando para nossa missão e sentimos urgência em cumpri-la. 
Não iremos mudar o mundo inteiro, mas podemos ser a luz em meio a escuridão que nos cerca. 
Não podemos “salvar” todos que amamos, mas podemos dar o que somos para que “Todos os povos louvem a Deus”! 
 
Não devemos esquecer que somos peça fundamental no quebra cabeça de Cristo, e em quanto não cumprimos o nosso ide, estaremos a cada dia mais distantes de vê a obra completa. 
Não pela nossa força, não pelo nosso talento, não por algo que possamos fazer, mas pela graça, misericórdia e obra salvadora de Jesus Cristo, que morreu por amor a todos os povos. 
 
Seja você também parte atuante daquilo que Deus está fazendo na humanidade. Para que todos os povos o conheçam e o glorifique. 
 
Ore 
Contribua 
Vá. 
 
Até que a terra esteja cheia.

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Publicado por André Metz