24/05/2018

Futuro

Queridos irmãos, igrejas,
 
Os dias passam rápido. Já estamos nos aproximando do meio do ano. Há dois(2) anos enquanto arrumava as malas para iniciar uma nova etapa em meu ministério missionário, havia uma pergunta que rondava meus pensamentos e coracão.

Meu futuro continuava nas mãos do Senhor e aos poucos Sua vontade foi sendo revelada.
Muito se lê, comentários são escritos, estudos são realizados abrangendo o tema da volta do missionário às suas terras. Sua adaptacão, saúde, família, igreja, envolvimento em missões... são temas que requerem muita atencão. Mas sobre tudo isso está a poderosa mão do Senhor no cuidado pessoal daquele que um dia deixou tudo para seguir o chamado a outras terras.

Posso dizer que os novos horizontes descortinados me levam a uma gratidão eterna.
Nosso Deus é fiel, amoroso, cuja paz inunda nossa vida. Um amor demonstrado por nós na cruz e no túmulo vazio. Sentimos, vivemos, desfrutamos, compartilhamos essa bencão. É uma afirmacão que alegra nossa alma e ao mesmo tempo pode ser uma pergunta. Estamos nós, como Igreja e Corpo de Cristo, dispostos no afã de dividir com outros a realidade de Deus Salvador, e que ainda não experimentaram o Perdão e a Paz?

No domingo passado, por exemplo, estive na Igreja Batista Haitiana, na Zona Leste de S.Paulo. Ali, junto com o Pastor haitiano, meu aluno do Seminário Teológico Batista, vivemos a realidade de pessoas que por problemas em sua terra natal, encontraram aqui abrigo. Os hinos em francês e criolo, cantados com o coracão eram os mesmos que embalaram minha infância, o mesmo Deus, o mesmo Amor.

Imigrantes chegam com suas famílias na ONG Bom Samaritano, onde servimos às quintas-feiras, com histórias tristes pois perderam seus pertences no incêndio que ocasionou o desabamento do prédio. Poucos conseguiram sobreviver, muitos estão alojados em tendas, na praca paulista.
Os grupos bolivianos, em sua Iglesia Bautista Unida Hispana, filha de nossa Igreja, crescem no conhecimento da Palavra de Deus. Nossas “aulas de Português” acompanham os rapazes africanos em seu “tempo de oracões especiais”, compartilhando com eles que podemos ter um relacionamento forte, pessoal, amigo, com nosso Deus, através de Jesus Cristo.

A missão de testemunhar cabe a cada um de nós e a Igreja persevera em sua caminhada, olhando para o Autor e Consumador de nossa fé.

Agradeco as oracões por minha saúde pessoal, minha familia (irmãos, cunhadas, sobrinhos, filha Tamarita e genro Noah, e seus lindíssimos filhos, meus netos de coracão - desculpem a avó coruja), meu sustento, meu ministério.
Agradeco por “segurar as cordas”.

Que Deus os abencõe, e que a realidade que Paulo menciona em I Cor. 16: 13...possa ser a cada dia, nosso alvo.

Com carinho,
Ita

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Publicado por André Metz